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Como Iniciei Minha Biblioteca Vendendo Cartão Telefônico
🦉 CFEC - News #004

Uma vida profícua de estudos requer o cultivo de uma biblioteca individual.
Contemplar uma estante repleta de livros, organizados e preenchendo cada prateleira, é um prazer quase indescritível para quem valoriza uma existência guiada pelo saber.
Hoje, a tecnologia nos oferece um privilégio único: a internet.
Com poucos cliques, encontramos as obras que desejamos.
A satisfação ao adquirir um livro é grande, mas ela se transforma em um verdadeiro deleite ao recebê-lo e abrir sua embalagem.
O primeiro toque, o cheiro das páginas, a folheada inicial, e finalmente a colocação do livro na estante… Todo esse processo evoca um profundo prazer e um sentimento de realização.
Nesse ponto, alguém pode dizer: “Com dinheiro, isso é fácil”.
Deixe-me contar um pouco da minha história.
No início, quando eu não tinha emprego, nem recursos financeiros, e a internet ainda não fazia parte de nossas vidas, tudo era muito diferente.
⚠ Com o início do ano letivo de 2025, o ritmo de produção desta newsletter será reduzido, mas continuará sendo instrutiva e inspiradora. Fique de olho nos nossos e-mails!
Uma Vida Completamente Offline
Até meados da década de 90, viver sem internet era a única realidade possível.
Qualquer coisa que precisássemos – desde livros até itens básicos – era encontrada exclusivamente em lojas físicas. Não havia atalhos digitais, apenas as ruas, as vitrines e o boca a boca.
Naquela época, o simples ato de comprar um livro exigia esforço. Eu precisava encontrar uma livraria ou um sebo, torcendo para que tivessem o título que eu procurava.
E, quando finalmente o encontrava, não havia comparação de preços em sites ou aplicativos; cada aquisição era fruto de uma verdadeira caçada.
Visitar livrarias e sebos era quase um ritual.
O cheiro característico dos livros usados, as prateleiras lotadas e a conversa com vendedores que, muitas vezes, sabiam mais sobre literatura do que a maioria dos leitores, faziam parte da experiência.
Em uma dessas visitas, encontrei quase tudo o que precisava. Mas, ainda assim, sabia que os livros não vinham de graça. Foi então que percebi: eu precisava encontrar uma maneira de financiar minha paixão pelos estudos.
A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original.
Vendia Cartão Telefônico para Comprar Livros

Foi conversando com um vizinho, que trabalhava revendendo cartões telefônicos, que surgiu a ideia de começar meu pequeno “negócio”.
Ele me explicou como funcionava: comprava caixas fechadas em grandes quantidades e revendia para estabelecimentos que precisavam abastecer seus clientes.
Continue lendo.
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